Um homem de 60 anos, que havia retornado de uma viagem de trabalho a Luanda, capital da Angola, foi diagnosticado com malária na última segunda-feira (15), segundo informações divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). O idoso chegou ao Brasil no dia 11 e começou a apresentar sintomas como febre, fraqueza e dores musculares e de cabeça no dia 13.
Ele foi rapidamente atendido no Hospital Regional José Franco Sobrinho, em Nossa Senhora do Socorro, e submetido a testes devido ao seu retorno de uma área conhecida pela transmissão da malária. Os exames confirmaram a infecção por Malária falciparum, a variedade mais perigosa da doença.
Apesar da gravidade potencial da situação, o estado de saúde do paciente é estável. A SES informou que ele está "responsivo, colaborativo, interagindo e verbalizando bem", e não apresenta desconforto respiratório, mantendo boa saturação de oxigênio.
Marco Aurélio de Góes, diretor de Vigilância em Saúde da SES, alertou sobre a importância do diagnóstico precoce. “Por ser potencialmente grave, é crucial que indivíduos que viajem para regiões onde a malária é comum e que apresentem sintomas, busquem imediatamente o serviço de saúde ao retornar. A malária, diferentemente de dengue e outras doenças, é tratável e o medicamento deve ser administrado sem delongas", explicou.
A malária é uma doença infecciosa transmitida pela picada de mosquitos Anopheles, comuns em áreas tropicais e úmidas. No Brasil, a transmissão é mais frequente na região amazônica, mas o caso registrado em Sergipe foi classificado como "importado", já que o estado não é considerado uma área endêmica para a doença.
Esse é o primeiro caso de malária identificado em Sergipe neste ano. Em 2023, também foi registrado um caso, tratado igualmente como importado. O diretor de Vigilância em Saúde enfatizou que, embora não seja contagiosa e não se transmita de pessoa para pessoa, a vigilância é essencial, especialmente após visitas a regiões onde o mosquito vetor é prevalente.
